quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sumários

Sumário aula 1 (17/9)

1. Apresentação do programa e objectivos da cadeira. Lermos, conversarmos, divertirmo-nos. Nestas coisas de leitura, só «brinca» quem domina a matéria. Quem sabe pouco (e não quer que se saiba que sabe pouco) fica sisudo. Com sorte e algum empenho, o aluno chega ao fim do semestre com um mapa mais completo da literatura portuguesa contemporânea. O número de obras de leitura obrigatória - os serviços mínimos - é restrito. O aluno é convidado a ir - inclusive no trabalho - escrito - bem mais longe.
2. Pequena conversa. Quem são os alunos? Qual a sua formação? E de que modo podem tirar proveito da disciplina?
Parábola da espiral. Eu sou do tempo em que Lisboa tinha autocarros de dois andares com porta aberta atrás  Como um autocarro, a aula segue uma linha, tem um percurso. Mas os passageiros descem por vezes em andamento. Os motivos para o fazerem são vários, uns melhores outros piores: um ficou distraído, o outro está cansado, outro não percebeu o que o professor disse e perdeu-se, outro achou muito interessante um aspecto e desviou-se numa longa nota de rodapé.... Por isso, o motorista de vez em quando volta atrás. Não exactamente em círculos, porque não volta ao ponto onde o aluno saíra; mas passa perto o suficiente para que este, se andar um quarteirão, volte a subir para o autocarro.
2. Regras. Marcação da frequência (17/12) e prazo-limite de entrega do trabalho (5-10 p., corpo 12, espaço e meio, TNR): início de Janeiro 2914.
3. Leitura para a aula 3: «Comunidade» de Luiz Pacheco.
4. Uma linha divisória: antes e depois do 25 de Abril de 1974.
5. Um texto literário fala de si mesmo, certo, liberta-se do referente exterior. Mas também podemos ver de que modo dialoga com o seu tempo, a língua em que é escrito, as tensões do espaço onde se insere e do qual diverge/converge.
6. O que é um ensaio? O mais aventuroso e lúdico ensaísta português é (talvez Eduardo Lourenço. )
7. São os estudos literários uma ciência? Duvido. Há métodos, há capital acumulado, mas o peso do indivíduo, da sua personalidade, continua a «fazer a diferença». Grandes críticos: João Gaspar Simões, Jacinto Prado Coelho, Eduardo Prado Coelho. Maurice Blanchot Roland Barthes. O americano Harold Bloom, que publicou «single-handed» vários cânones. Os dois homens que, sós, organizaram a canónica História da Literatura Portuguesa, Óscar Lopes e António José Saraiva. Falando com os autores, ficamos também perturbados: os «ódios de estimação» abundam e, pior, transformam-se em juízo de valor. E o que dizer de uma capa da Spiegel com o eminente crítico Marcel Reich-Ranicki rasgando um romance do últmo Nobel alemão Günther Grass?





Sumário 2 (19/9)
1. Aproximação ao texto literário
11.Como o fazer?
1.2. O que distingue a escrita da escrita?
1.3. Roland Barthes diria: um 'escrevente' de um 'escritor' (écrivant/écrivain)
2. A voz autoral
2.1. Exemplo 1: Freddy Mercury e Montserrat Caballé cantando "Barcelona"
2.1.1. Kitsch/camp
2.1.2. A admirável lata de Freddy, a voz 'errada' que no entanto...
2.1.3. Cantores pop e músicos eruditos, vozes que se afirmam, apesar dos seus defeitos
2.2. Exemplo 2: Louis Armstrong vs. "belas vozes"
2.3. As "Redacçõe da Guidinha", de Luís de Sttau Monteiro
3. Leitura do texto indicado na aula anterior: "A rapariga e a bicicleta"
3.1. Recapitulando conhecimentos antigos: narrador/autor (dentro/fora do texto)
3.2. E quando o narrador tem o nome do autor?
3.2.1. Milan Kundera, A Imortalidade (Kundera toma café com uma personagem)
3.2.2. Martin Amis, Money (o narrador encontra a meio um escritor chamado Martin Amis)
3.2.3. Ohran Pamuk, Neve (só a a páginas 100 sabemos que é o próprio A que está a contar)
3.2.4. Italo Calvino, Se por uma noite de inverno um viajante (Parabéns, leitor, acabas de comprar...)
3.2.5. Calvino faz mais: arrasta o Leitor (a mim!) para dentro do livro, e vai contar a minha aventura a tentar ler o livro dele...
3.3. O nome do autor como 'efeito de verdade'
3.4. Porquê começar com "Ela telefona-me de longe"?
3.5. De que fala esta crónica?
3.6. Qual o direito do autor a abordar estes assuntos de "outras culturas"?
3.7. Intertextualidade: "Uma pequena pedalada de uma miúda, mas um grande salto para a humanidade"
3.8. "(...) um homem primitivo, brandindo um osso, descobre uma ferramenta..."

Sumário 3 (23/9)
1. Leitura de Comunidade
1.1. Exercício: defina Comunidade numa palavra
1.1.1. Sou eu, os outros, identidade, raízes (Alda)
1.1.2. Grupo que busca uma cooperação/integração
1.1.3. Crónica, crítica, reflexão, paradoxo (Alexandra)
1.1.4. Narração autodiegética, «autobiográfica» (Manuel)
1.1.5. Monólogo interior, reflexão (Giovanna)
11.6. Hino de amor à família (Inês)
1.1.7. Fragmentos de um diário, mais ou menos coerente (Erika)
1.1.8. Conto (Marlene)
1.1.9. Tentativa de libertação da Besta (Catarina)
1.2. Comentário às diferentes «definições»
1.3. Leituras «Certas» ou «erradas»? (Certas: o leitor é soberano. Se a Erika sentiu o texto como fragmentado, tem razão. Erradas: o texto também diz de sua justiça: e o leitor tem também de saber respeitar/escutar o texto.)
1.4. Leitura em aula
1.4.1. O primeiro parágrafo: um corpo indistinto
1.4.2. O segundo parágrafo: um corpo-bicho, feito de vários corpos
1.4.3. Terceiro parágrafo: «Somos cinco na cama»
1.4.4. Os parênteses, as reticências, a ocasional falta de vírgulas, o parágrafo-frase
2. Bibliografia activa/passiva
2.1. «Principal» vs. «secundária»? (Meia verdade)
2.2. Objecto de estudos/outros estudos sobre o mesmo objecto
3. Convocações: como ler?
3.1. Adorno e a sua famosa «afirmação»
3.2. Amos Oz e o curso sobre «inícios de livros»
3.3. A minha avó: leio com a memória, leio com a pessoa que sou
4. Continua na próxima aula...

Sumário 4 (26/9)
1. Continuação da aula anterior: em torno da Comunidade
1.1. Leitura em aula
1.2. Pouco a pouco, o polvo vai ganhando nomes
1.3. Uma imagem literária: a «cama-jangada»
1.4. Para que serve a literatura?
1.3. Vítor Silva Tavares: «O cachecol do artista»
2. Como ler?
2.1. Dois erros: o leitor demasiado respeitador vs. o leitor rufião, mimado, preguiçoso, caprichoso
2.2. O meu «dever» não é compreender - é ler. O resto logo se vê
2.3. Vários métodos: ler de novo, ler outro texto do mesmo autor, ler outros textos, ler textos de apoio
2.4. Leitura em voz alta em aula: ora aqui está também um bom método
3. Por que motivos Catarina está «errada» e não é Comunidade um «texto gótico»?
3.1. Antevisão da adaptação de O Barão de Branquinho da Fonseca (1942) por Edgar Pêra
3.2. Fernando Pessoa e Alistair Crowley
3.3. Lovecraft
3.3. David Soares
4. Da metáfora
4.1. Uma aproximação entre dois díspares até fazerem um
4.2. Exemplo: Ana/flor
4.3. No texto pachequiano: a «cama-jangada»


Sumário 5 (1/10)
1. Traduttore, traditore
2. Anúncio das aulas com professores convidados
2.1. 3ª 8: Prof. Margarida Vale de Gato: dois contos de Maria Velho da Costa (disponíveis na Casa das Cópias)
2.2. 5ª 10: Prof. Gianluca Miraglia: dois contos de David Mourão-Ferreira e Mário de Carvalho
3. João Barrento, excelente professor, excelente ensaísta, excelente tradutor
3.1. Tradutor nomeadamente de Paul Celan (aqui no blog do poeta brasileiro António Cícero)
3.2. Paul Celan tinha, por sinal, um dilema sobre em que língua escrever: materna ou «dos assassinos»
3.2.1. «Nesses anos e nos anos seguintes tentei escrever poemas nesta língua: para falar, para me orientar, para saber onde eu me encontrava e onde isso iria me levar, para fazer o meu projecto de realidade (...)»
3.2.2. «No meio de tantas perdas, uma coisa permaneceu acessível, próxima e salva – a língua. Sim, apesar de tudo, ela, a língua, permaneceu a salvo. Mas depois de atravessar o seu próprio vazio de respostas, o terrível emudecimento, mil trevas de um discurso letal. Ela fez a travessia e não gastou uma palavra com o que aconteceu, mas atravessou esses acontecimentos.»
4. De onde vem a 'autoridade' para dizer 'grande' ou 'excelente'' de alguém que seja poeta,/tradutor, professor, ensaísta? 
4.1. Será a mesma autoridade para «poeta» ou «tradutor»? 
4.2. Quem no-la concede?
5. O leitor é soberano
5.1. Cabe-lhe decidir como e quando ler. 
5.2. Então por que motivo quando compra um policial o leitor não vai logo à página 200 saber quem é o criminoso?
5.2.1. Talvez porque assim se sonega algo
5.2.2. Talvez porque na leitura o resultado («saber o fim») não seja o mais importante
5.2.3. Talvez por outra razão qualquer
5.2.4. Discutimos para chegar a algum lado, talvez, mas não tem de ser ao mesmo lado
6. O caso da tradução da lírica de Camões por Richard Zenith
6.1. Sílabas a menos
6.2. Sem rima
6.3. Como justifica ele estas «perdas»?  A que aspectos escolhe ele ser «fiel» em detrimento de outros?
6.4. Exemplo: como traduzir «Pet Shop Boys» para português? 
6.4. Língua de partida e língua de chegada
6.5. É difícil servir a dois senhores: a manta fica curta de um lado ou do outro
7. Continuação da leitura em voz alta de Comunidade
7.1. Luís Feire: «nossos» - na cama uma comunidade, mas talvez também cá fora, talvez também o leitor seja um camarada a puxar para dentro, não daquela cama, mas daquela moral
7.2. Marlene: «Ir ver se Irene é também pessoa real e informar-me prejudica a leitura?»
7.2.1. Ver ponto 5 (aqui mesmo em cima)
7.2.2. O que prejudica é quando a explicação sábia alheia substitui a nossa própria busca 
7.3.3. O caso, triste, dos alunos que, em vez de lerem Os Maias lêem a (excelente) Introdução à Leitura d'Os Maias e, com isso, fazem o exame
7.4.4. Experiências há, como a da paternidade, que são pessoais e intransmissíveis
8. A fechar a aula, Leitura de um poema de Margarida Vale de Gato dedicado precisamente a João Barrento e... sobre a tradução (disponível neste mesmo blog) 


Sumário 6 (3/10)
1. Continuação da leitura de Comunidade
1.1. Podíamos ficar aqui o ano inteiro - ou ter uma cadeira só à volta deste texto
1.2. Porque ele convoca outros, mas não só
1.3. As mudanças de tom e de posição nos «blocos/estrofe» do texto
2. Mário-Henrique Leiria


Sumário 7 (8/10) - Maria Velho da Costa
Professora convidada: Margarida Vale de Gato
1. Maria Velho da Costa - vida e obra.
2. Início de carreira com destaque para Novas Cartas Portuguesas.
3. O romance, a prosa poética e a atenção aos falares sociais.
4. Um poema de Manuel Gusmão.
5. Contos de Dores (1993): "Iniciais" e "Ave Rara".
6. Ligação à pintura e a outras artes.

Sumário 8 (10/10) - Mário de Carvalho e David Mourão-Ferreira
Professor convidado: Gianluca Miraglia
Leitura de dois contos.

Sumário 9 (15/10) - O Barão
Leitura da obra de Branquinho por Edgar Pêra

Sumário 10 - Não houve aula (comissão de serviço docente, a convite do Instituto Camões)

Sumário 11 (22/10) - Jorge de Sena e Camões
1. Leituras: de autores que nadam no mesmo aquário
1.1. Diferentes professores, diferentes leitores, diferentes aproximações
1.2. Distintas vozes/aproximações   distintas vozes/aproximações
1.3. Jorge de Sena  Camões (um conto-ensaio sobre a genética do poema)
2. Babel e Sião: memória do bem passado vs. mal presente
2.1. Álvaro de Campos: «Dobrada à moda do Porto»
2.2. Camões: «Sôbolos rios que vão»
2.3. Jorge de Sena: «Super Flumina Babylonis»
3. O encontro entre dois caracóis com a casa às costas: o leitor e o texto
3.1. Na abertura de Os Lusíadas, Camões importa a memória do incipit virgiliano
3.2. Os salmos e as voltas
4. Uma aula, como uma história
4.1. Pode ser o fazer das fraquezas força
4.2. O desvio ser mais interessante que o destino previsto
4.3. Século XVIII: o entremez (intermezzo) que se torna a peça central [não falámos na aula]
5. A pretexto de um conflito inaudito: o programa da peça Comunidade no Teatro D Maria
5.1. Leitura do texto A (página par)
5.2. Leitura do texto B (página ímpar)
5.3. Quem tem razão? Does it matter?
5.4. A história dos dois sábios. Um líder espiritual terminava sempre os sermões dizendo: «E não se esqueçam: Deus é a fonte.» Um dia reformou-se e foi substituído por um mais jovem, mas também muito sábio, que logo no primeiro dia terminou o sermão dizendo: «E não se esqueçam: Deus não é a fonte.» Os discípulos ficaram muito confusos e decidiram ir visitar o velhote. «Você sempre disse que Deus é a fonte.» «Sim», respondeu este, «Deus é a fonte.» Eles gemeram: «Mas o seu substituto diz que Deus não é a fonte...» O ancião encolheu os ombros: «Bem, também pode ser dito dessa maneira!»
6. Uma sonata de Chopin vira canção pop de Barry Manilow e uma ainda mais pop dos Take That...
7. Um cartoon de Quino (postado mais à frente, no dia 22/10) - uma teoria da recepção
8. O meu sonho: um dia fazer um festival só com uma peça - Beckett, À Espera de Godot - encenada por 100 diferentes companhias.
8.1. Exemplo A: aqui
8.2. Exemplo B: aqui
8.3. Exemplo C: aqui

Sumário 12 (31/10) - «Super flumina Babylonis» II
1. Quem é esta mãe? Isso importa?
2. Como chega Luís Vaz à escrita das redondilhas?
3. Babel e Sião?
4. Uma «máquina narrativa»: Esta é a história de X que quer Y mas não pode...


Sumário 13 (5/11)
1. Concertino Bianco, de Georgs Pelecis. Era música, um leitor (encenador) fez esta leitura/interpretação.
2. Biografia e obra - uma relação abstrusa
3. Leituras em voz alta (pelos alunos) dos inícios dos diferentes contos do livro História da Bela Fria
4. Há um padrão?
5. Metástase de Alberto Pimenta. Ver aqui.
Próximas aulas: Teresa Veiga


Sumário 14 (7/11) - Teresa Veiga
1. Leituras em voz alta (pelos alunos) dos inícios dos diferentes contos do livro História da Bela Fria
2. Há um padrão? Mais do que um?
3. Narradoras mulheres que contam a sua história.
3.1. Sonsas?
3.2. Sinceras?
4. A linguagem usada
5. História: directa ou desviante?
6. Atenção: um conto pode iluminar outro.




Sumário 15 (12/11) - Teresa Veiga II
1. Audição de duas canções: «Mariazinha» de José Mário Branco, «Mulheres de Atenas» de Chico Buarque.
2. Audição de duas outras canções: «Coisas lá de casa» (Maria fui/em Marta me tornei) e Lilly Allen.
3. De que unidade mais se aproxima o desfiar de Teresa Veiga?

Sumário 16 (14/11) - Teresa Veiga III
1. Exercício em aula: «História da Bela Fria»

Sumário 17 (19/11) - Teresa Veiga V
1. Literatura vs. literalidade
2. Uma frase emblemática: «As especulações do Dr. Gameiro aborreceram D. Camilo, interessaram vivamente Ana e deixaram-me a vaga suspeita de que o velhote se entretivera a dar-nos a chupar um caramelo embebido em veneno.» («História da Bela Fria», p. 30)
3. Ler: quando brincar é o estádio superior


Sumário 18 (21/11)
1. «Consequências da descolonização»
1.1. A contida perfídia
1.2. Uma lucidez terrível
2. Como «contar errado» uma história
2.1. «Bom, talvez eu devesse ter começado por falar no irmão de Semíramis» (p. 64)
2.2. «Em suma,fi-lo gozar bastante e também eu aproveitei alguma coisa.» (p. 70)


Sumário 19 (26/11) - Mário de Carvalho I
1. Quem é aquele alferes?
1.1.. O que é um alferes?
1.2. Porquê um alferes e não um coronel, como no conto de Teresa Veiga?
2. O título bate certo com o conto?
3. Quem são as outras personagens?
4. Qual a trama?
5. O que posso dizer sobre a voz, comparando com a dos outros autores estudados?
6. A guerra colonial
6.1. Lídia Jorge, Lobo Antunes, João de Melo, Assis Pacheco - também escreveram sobre a guerra colonial
6.2. 1961-1974
6.3. TPC: pesquisar
6.4. Leopold Senghor, Agostinho Neto, Vaclav Havel... Os presidentes-escritores. (E há Manuel Alegre.)



Sumário 20 (28/11)


Sumário 21 (3/12)
0. Em torno de Era uma vez um alferes
1. Como ler?
2. O mito
2.1. Fernando Pessoa: «O mito é o nada que é tudo»
2.2. Os 'mitos de base': a floresta do Pequeno Polegar é similar ao labirinto de Creta
2.3. Ícaro, Sísifo, as fundações e origens da comunidade
2.4. D. Sebastião, Messias, o Golem
3. A sopa da pedra
3.1. A versão demasiado sucinta (ou seja, com pouca carne, só osso) do Luís
3.2. A versão 'errada' porque da Madeira (palavras suas) do Manuel
3.3. Seinfeld - uma série «sobre nada»
4. Comparação entre textos
4.1. Quão importante é a história em «História da Bela Fria«?
4.2. Um texto mais clássico, mais assente na força da narrativa, mais 'naturalista'
4.3. Quadro comparativo (omo exemplo) entre o conto de Sena e o de Carvalho
4.3.1. o coro: Mãe / Médico
4.3.2. Portugal / guerra
4.3.3. Perda de faculdades / Mina
4.4.. Cadê os turras?

Sumário 22 (5/12)
1. Autobiografia e ficção
1.1. Todo o texto é autobiográfico
1.2.Nenhum texto é autobiográfico?
1.3. O que importa - e, a importar, por que motivo importa?
1.4. A biografia do autor apenas interessará se isso fizer alguma luz sobre o texto.
1.4.1. Não tem valor documental.
1.4.2. Quando muito, «emocional». A pancada do autor - o que o move.
2. Há um fio condutor entre os textos abordados na cadeira?



Sumário 23 (10/12) - Não houve aula por deslocação de serviço do docente à Galiza, a convite do Instituto Camões (a compensar em Janeiro)

Sumário 24 (12/12) 
1. A importância dos pormenores: o diminutivo n'os Maias
1.1. Eusebiozinho.
1.2. O Péricles de Teresa Veiga
2. Sim, haverá uma leitura «certa» e uma leitura «errada», como há um caminho certo e outro errado. Mas como escolher? Quando o sabemos?
3. Uma conversa sobre títulos. O labirintodonte de Alberto Pimenta (1970).


Sumário 25 (17/11) - Frequência

Sumário 7/1 - Aula suplementar
1. Para que serve a literatura?
1.1. Para nada.
1.2. Mas talvez, também, para nos lembrar que nós não servimos para nada. «Servir para alguma coisa» não é a razão de ser principal do ser humano. No ponto de vista de quem gosta de literatura, claro.
2. Porquê estas obras? Que arco formam?


Sumário 9/1 - Aula suplementar
Conversa com os alunos presentes. balanço do semestre.

Texto a comentar esta quinta-feira 19

«A Rapariga e a bicicleta», de Ferreira Fernandes, DN, 18/9/13, ler aqui:
Ela telefona-me de longe: "Pai, tens de ir ver Wadjda!" É um filme. O enredo vocês já conhecem: um homem primitivo, brandindo um osso, descobre uma ferramenta... Não, esse é o 2001, Odisseia no Espaço. Desculpem, agora é que é: Wadjda é sobre uma garota saudita cujo sonho era ter uma bicicleta. No fundo, é o que eu vos dizia, vai dar ao mesmo, é a história de uma redenção. Uma pequena pedalada de uma miúda, mas um grande salto para a humanidade. É o primeiro filme todo feito na Arábia Saudita, pela sua única realizadora, Haifaa al Mansour, num país que não tem nenhuma sala de cinema. Claro que não, como dar ensejo a meter numa sala escura homens e mulheres? Para não causar distúrbios, as cenas públicas foram filmadas com as câmaras num camião. Evidentemente, Haifaa al Mansour estava atenta às câmaras e não a conduzir o camião - o que, aliás, não podia; as sauditas não têm direito a carta de condução. Pelo que veem, o filme podia abrir com a trilha sonora do 2001: Odisseia no Espaço, a dramática Assim Falava Zaratustra, de Richard Strauss - é da salvação das trevas que aquele país precisa. Mas, para ir mais direto, o que a música devia ser, mesmo, era La Bicyclette, cantada por Yves Montand. Fala de Paulette, a filha do carteiro, que andava de bicicleta e apaixonava todos os rapazes da aldeia. Tão simples. E Wadjda, o filme, podia cumprir o seu destino: ajudar a que essa simplicidade chegue a mais um país na Terra.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Plano (obviamente a ser confrontado, e desmentido, pelos sumários reais)

Dois movimentos: dar a ler ---- ler. Contos, novelas, peças - o corpo principal. Mas aberto a novas experiências, como todos os corpos. 

O objectivo: formar um corpus de textos lidos e debatidos que ajudem a uma ideia da literatura portuguesa no século XX 


Semana 1 (16-18/9) - Apresentação dos objectivos e conteúdos da cadeira. Critérios e avaliação.
(20/9) - «Os caranguejos de Dan-no-ura», de Wenceslau de Moraes. A pontuação em O Dia dos Prodígios de Lídia Jorge

Semana 2 (24-26/9) - «Comunidade», de Luiz Pacheco
Referência extemporânea: Peregrinação e Apocalypse Now, Fausto e Doors.

Semana 3 - «Super Flumina Babylonis», de Jorge de Sena
(1/10)
(3/10)

Semana 4 - 
(8/10)
(10/10)

Semana 5 - 
(15/10) 
(17/10) - O leitor, os nomes, as alcunhas, as personagens.


Semana 6 - O que diz Molero, de Dinis Machado
(22/10)
(24/10)

 - A infância e a epígrafe. A auto-biografia.



 Três questões ao livro. Dentro/fora, ordem/desordem, sujo/limpo.
Leitura e discussão

Semana 7 - O anjo ancorado, de José Cardoso Pires

(29/10)
(31/10)


Semana 8 - Teresa Veiga: Histórias da Bela Fria
(5/11) «Consequências do processo de descolonização»
(7/11) «História da Bela Fria»


Semana 9 - «Era uma vez um alferes», de Mário de Carvalho

(12/11)
(14/11)


Semana 10 - Discurso sobre o filho-da-puta, de Alberto Pimenta
(19/11)
(21/11)


Semana 11 - O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena
(26/11)
(28/11)


Semana 12 -
(3/12)
(5/12)


Semana 13 - Frequência
(10/12)
(12/12)


Semana 14 - Fechar do círculo, colar as pontas, correcção das frequências
(17/12)
(19/12

Férias de Natal


Semana 15 - Aulas de compensação
(7/1)
(9/1)

Semana 16 - Aula de compensação
(14/1)


Período de exames de recurso e melhoria de nota
15 a 28 de Janeiro 2014

Programa da cadeira


Dois movimentos: dar a ler – e ler. Contos, novelas, peças: o corpo principal. Mas abertos a novas experiências de leitura, como todos os corpos pensantes. 
 A génese do poema
«Super flumina Babylonis»
Diálogo entre poetas
Diálogo entre poemas 
Resposta pronta

Bibliografia activa
1. Obras de leitura obrigatória

Machado, Dinis, [1977], O que diz Molero, Lisboa, 2012
Pacheco, Luiz [1966], Comunidade
Veiga, Teresa, Contos da Bela Fria, Lisboa, Cotovia
Carvalho, Mário de, «Era uma vez um alferes», Os Alferes, Lisboa Caminho

2. Obras recomendadas
Cardoso Pires, José, O anjo ancorado

Sena, Jorge de, O Físico Prodigioso


Bibliografia passiva